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domingo, 31 de dezembro de 2017

EXPEDIÇÃO CHILE – DIÁRIO DE BORDO 3

EXPEDIÇÃO CHILE – Diário de Bordo 3
(30 de dezembro de 2017 - de Mendoza a Santiago)

Neste terceiro diário vamos falar da viagem de Mendoza (Argentina) a Santiago (Chile).
Observação preliminar: como ocorre na Argentina, também no Chile não há horário de verão (pelo menos nessa região ao sul).

Como já havia ocorrido no outro hotel na Argentina, café da manhã apenas a partir das 7 horas. Levantamos, tomamos café, colocamos as bagagens no carro e pegamos a estrada em direção à fronteira com o Chile... na saída da cidade procuramos um posto que tivesse também uma loja de conveniências e paramos: encher o tanque, limpar os vidros e comprar água e lanche. Esse trecho da viagem é, com certeza, um dos mais lindos: há, na saída de Mendoza, a vista das montanhas e depois o Lago San Rafael... o trajeto todo, subindo e descendo os Andes, é deslumbrante... algo que com certeza ficará em nossas memórias para sempre... e depois da Aduana há os Caracoles... é muito lindo... foi o momento da viagem em que mais sentimos saudades da Enterprise (nossa HD Ultra)... de motocicleta essas curvas devem ser ainda mais emocionantes e a paisagem mais deslumbrante. 
A nossa viagem, nesse trecho que tem um pouco mais de 300 km, demorou em torno de 10 horas. Motivo: além de ser um trecho de montanha, com suas curvas e velocidade mais reduzida, tivemos uma parada de mais de 4 horas na Aduana... ainda bem que tínhamos comprado água e alguns alimentos... o problema maior foi banheiro... como vários outras pessoas que dividiam conosco a espera, em um momento em que a fila de carros estava totalmente parada caminhamos até um local um pouco afastado da estrada, e atrás de uma rocha fizemos “xixi”... quem não estiver disposto a realizar esse procedimento (repetindo: foram mais de 10 horas no carro, sendo um período superior a 4 horas apenas na fila da Aduana) deve levar “equipamento” apropriado para poder fazer e armazenar o “xixi” no carro (para quem estiver de motocicleta não existe opção). O tempo na Aduana é uma certa loteria; a atendente que conferiu nossa documentação nos disse que há dias em que o tempo pode passar de 10 horas... em compensação um casal de amigos que passou a Aduana um dia depois de nós não pegou fila e passou quase direto. De qualquer forma é necessário se precaver e levar água e alimentos... vale a mesma observação realizada no Diário de Bordo 2: alguns alimentos não passam na inspeção sanitária que é realizada (alimentos de origem animal e vegetal in natura ou que não estejam embalados e lacrados em sua forma original). Também é necessário estar ciente de que a temperatura cai muito nos Andes e é necessário levar agasalhos apropriados.

As Aduanas Chilena e Argentina são unificadas: então em um mesmo local se obtém o carimbo de saída da Argentina e de entrada no Chile. Mesmo integradas, serão três momentos consecutivos: conferência de documentos e carimbo de passaportes, vistoria sanitária chilena e vistoria de saída argentina. Como o Chile não integra o Mercosul há um conjunto de formulários as serem preenchidos (um para cada passageiro e um outro para o veículo), além de que é necessário o porte do Soapex (seguro contra terceiros que é obrigatório para transitar no país). O ideal é emitir o Soapex antecipadamente, pela internet... é bem simples. Vimos que há possibilidade de emitir no local, mas considerando as filas da Aduana recomendo trazer junto. Também verificamos que na saída da Aduana há local para câmbio; se você não tiver Pesos Chilenos, providencie... há 3 pedágios até chegar em Santiago.

DESTAQUES IMPORTANTES, para reforçar: levar agasalho para o frio que faz no trajeto (dependendo da época do ano pode ser abaixo de zero graus; pegamos 13 graus nesse dia) água e algum alimento, ter paciência quando chegar na fila da Aduana, portar o Soapex, não portar produtos de origem vegetal e anima in natura ou desembalados, levar Pesos Argentinos (para pedágios argentinos, antes da Aduana) e Pesos Chilenos (para os pedágios chilenos, pós Aduana)... no mais curtir as deslumbrantes paisagens existentes nesse trecho da viagem... não há palavras para descreve-las... e o tamanho dos Andes nos faz perceber o quão pequenos nós somos... é uma sensação única.

Chegamos em Santiago em torno de 17 horas e tivemos uma certa dificuldade para encontrar o Apart Hotel dos Providencia (o GPS nos mandava para o local correto, mas não encontrávamos o número do prédio indicado... acabamos perguntando no Hotel Neruda e nos informaram que era ao lado, entrando pelo corredor) foi um pequeno transtorno, mas resolvido adequadamente. O Apart onde estamos ocupa um andar de um prédio que nos seus primeiros 5 andares é o Hotel Neruda e nos demais é residencial... dois andares da parte residencial funcionam como um Apart Hotel. O apartamento é bom, com cozinha, quarto, banheiro e uma pequena sala (conjugados, semelhante a uma quitinete)... e tem uma sacada em L, que na lateral permite ver os Andes... estamos no 13º andar. Na recepção do prédio recebemos um envelope com a chave do apartamento e a orientação sobre onde colocar o carro; a vaga que nos foi destinada fica ao lado do elevador, o que ajudou muito com a bagagem. Ao abrirmos o apartamento encontramos tudo organizado, inclusive com a mesa posta para o café da manhã do dia seguinte (pães, frutas, xícaras, pratos, talheres, etc.); na geladeira estavam outros itens para o café: leite (inclusive sem lactose), iogurtes, sucos, manteiga e geleias. O único ponto que deixou um pouco a desejar foi o fato de não ter ar-condicionado, mas sim um climatizador (daqueles grandes que se coloca água e tem opção quente e frio)... fomos conferir no Booking e realmente não constava ar-condicionado... ou seja, se erro houve foi nosso. Em compensação a localização é excelente: fica no início do Bairro Providencia, com casas de câmbio, centros comerciais, bares e restaurantes nas quadras vizinhas... e a apenas 800 metros do principal Shopping Center de Santiago, o Costanera. Em relação aos bairros boêmios e com as principais opções noturnas, a média de distância é de 3 km... como há Uber na cidade, fica fácil ir aos prontos principais em pouquíssimo tempo. Também fica a 400 metros da estação do metrô Los Leones. Ou seja, acertamos na localização (é claro que tínhamos pesquisado... a escolha se deve em grande parte à localização e à relação custo benefício)... em todas as escolhas de hotel tivemos alguns cuidados: garagem para o carro, localização, café da manhã incluído, internet, boa relação custo-benefício e boa avaliação dos hóspedes (sim, lemos com cuidado as avaliações feitas pelos usuários no Booking... e normalmente elas ajudam muito nas escolhas). Como amanhã é o último dia no ano... e domingo... achamos melhor ver logo verificar se havia onde realizar o câmbio (trouxemos reais e dólares... e apenas poucos pesos chilenos). Na portaria do prédio indicaram uma casa de câmbio que fica a uns 200 metros. Lá conseguimos realizar a troca sem problema... mas, diferentemente do ocorreu na Argentina, não houve muita vantagem em realizar a troca no Chile; a relação foi praticamente a mesma: $ 1.000,00 valem R$ 6,00. Mesmo com o cansaço do dia decidimos ir jantar em um bom restaurante; optamos pelo “Como Água para Chocolate”, indicação de uma amiga santacruzense. Excelente... não é barato (também não pode ser considerado caro)... e a comida é maravilhosa, o atendimento é bom, o ambiente é agradável e há música ao vivo (com direito às várias músicas brasileiras... MPB e Bossa Nova... incluindo Brasileirinho e algumas antigas do Roberto Carlos). Recomento a quem for a Santiago que não deixe de experimentar. Depois do jantar, hotel e cama... sem hora para acordar no último dia do ano. 

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