EXPEDIÇÃO CHILE – Diário de Bordo 11
(7 de janeiro de 2018 – Antofagasta – Mano del Desierto e La Portada)
O
dia de hoje (pela primeira vez estamos escrevendo o Diário de Bordo no próprio
dia) foi dividido em três momentos: (a) a manhã foi dedicada à colocar o Diário
em dia e fazer backups das fotografias tiradas até agora (uma cópia no
computador e uma cópia em pendrive, para não correr nenhum perigo... o
computador na minha mochila e o pendrive com a Sandra); (b) o segundo foi o
momento turístico, com uma caminhada na praia que fica a pouco mais de 200
metros do hotel (é o Balneário Municipal), onde também fizemos o nosso almoço
(na realidade um lanche)... na sequência pegamos o carro e fomos visitar “La
mano del desierto” e “La Portada”; e (c) a noite iremos jantar em um
restaurante próximo (portanto embora iniciado agora, este Diário só será
concluído mais tarde ou amanhã pela manhã).
Sobre
a parte da manhã não há muito o que dizer... apenas que escrevemos os Diários
dos dias 5 e 6, que foram os mais longos até agora. A medida que vamos pegando
o jeito estamos incluindo um número maior de informações. Pode parecer uma
perda de tempo, mas eles cumprem uma dupla função: (a) informar outras pessoas
que venham visitar esses locais e rodar por essas estradas, auxiliando-as nos
seus planejamentos... e (b) a mais importante: serve como um espaço de memória
virtual; no futuro, ao relermos as descrições da viagem poderemos relembrar
cada momento (com o tempo é comum que esqueçamos coisas importantes ou
simplesmente que foram muito legais).
BALNEÁRIO
MUNICIPAL – passeamos pela beira da praia e algumas coisas nos chamaram
atenção: (a) os espaços destinados ao banho estão delimitados com proteções de
pedra construídas pelo homem (não são naturais), como se fossem piscinas, mas não
totalmente isoladas do mar, possuindo uma de abertura no lado que dá para o mar
aberto (são em forma de ferradura); e (b) no espaço principal dessa praia
específica, um dos braços da ferradura é de concreto, com escadas que vão até o
mar. Mais tarde, quando fomos até La Portada, verificamos as mesmas formas de
ferradura, com muros de pedra. Quanto à água, estava muito limpa e com a
temperatura boa para o banho; mas é preciso muito cuidado porque nesta parte do
Oceano Pacífico o mar tem uma grande depressão, que se inicia logo que termina
o continente (e que provavelmente é motivo das proteções construídas em pedra
para formar as piscinas em forma de ferradura). Há, na extensão da praia,
espaços para atividades; encontramos um concurso halterofilismo sendo realizado
e um grupo de dança. Também há espaços específicos com brinquedos para as
crianças.
LA
MANO DEL DESIERTO – descobrimos que para visitar La Mano del Desierto teríamos
de voltar em torno de 60 km em direção a Copiapó. Explicando: esse monumento
fica antes de Antofagasta, vindo de Copiapó pela Rota 5... mas não viemos por
esse caminho, viemos por Taltal... e vindo por Taltal se retorna para a Rota 5
aproximadamente 18 km após a escultura. Se tivéssemos pesquisado isso antes, teríamos
realizado a visita ontem. Então se você quiser fazer a rota que fizemos,
passando por Taltal (e que recomendamos muito), e também desejar conhecer La
Mano del Desierto, terá de realizar um deslocamento adicional de aproximadamente
36 km (ida e volta da entrada/saída para/de Pogoso). Lembramos que essa mão é
do mesmoa artista que que construiu a que está em Punta del Este, no Uruguai,
denominada de Los Dedos... com esta visita completamos a coleção das mãos
latino-americanas: agora já conhecemos e fizemos selfies em ambas (kkkk...)
LA
PORTADA – é um monumento natural, em rocha, que emerge do Oceano Pacífico bem
próximo da costa. Ele possui um vão central que lembra um portal (ou uma grande
porta). Nesse local, por alguns quilômetros, não se tem praia; o continente
forma um paredão de vários metros de altura que adentra quase que diretamente o
mar e no qual inclusive se avistam algumas pequenas cavernas. É um lugar muito
bonito. Há um mirante próximo ao monumento, no local em que o continente mais
adentra o mar. Uma obra da natureza que merece ser apreciada. Curtimos muito e
recomendamos a visita. Ele fica no sentido norte, oposto a La Mano del
Desierto... quem estiver vindo de San Pedro, é mais fácil visita-lo antes de
chegar a Antofagasta; e visitar a Mano del Desierto na saída de Antofagasta...
para quem vem de Santiago, nosso caso, o sentido é o oposto. Como ficamos duas
noites na cidade tivemos um dia para passear e realizar as visitas; mas regra
geral não é o que acontece; a maioria apenas faz escala em Antofagasta.
Na
chegada no hotel tomamos um café, feito pelo Joaquim (o responsável geral do
hotel) e ficamos quase uma hora conversando com as pessoas que estavam na área
social... foi muito legal e nos ajudou a compreender algumas nuances da cultura
local; também descobrimos que no Chile, além do extintor, dos dois triângulos e
do kit de primeiros socorros (itens obrigatórios também na Argentina), é
obrigatório também portar no veículo um colete verde com listras reflexivas
(tipo aqueles que no Brasil são vendidos para motociclistas)... se não tiver, é
multa... então amanhã, antes de pegarmos a estrada para San Pedro de Atacama,
teremos de passar em uma loja e adquirir... melhor não correr o risco.
A
noite, antes de jantar, tivemos de realizar um limpeza geral no MacBook Air,
que tem pouca memória, para conseguir realizar a cópia de segurança dos vídeos...
como fizemos backup geral antes de sair de Floripa (em 3 discos externos), na
volta é só tirar os vídeos e fotos e recolocar o que foi apagado (com exceção
dos e-mails, que foram todos deletados definitivamente). Depois fomos jantar em
um restaurante peruano que fica a duas quadras do hotel, na avenida que margeia
o Oceano Pacífico. Fomos atendidos por um garçom em treinamento... bem
atrapalhadinho... conseguiu partir a rolha do vinho e demorou para entender o
que estávamos pedindo. Mas como em todos os lugares no Chile, fomos muito bem
tratados; e a comida e o vinho estavam muito bons. Jantamos e retornamos para o
hotel para descansar; hoje (estamos concluindo este diário pela manhã, durante o
café) inicia a fase mais esperada da viagem: conhecer o Atacama e suas belezas
e mistérios.
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Para
finalizar: recomendamos a quem ficar em Antofagasta, mesmo que por uma noite, o
Hotel Atalaia... não é um hotel sofisticado, está mais próximo do que no Brasil
denominamos de pousada. Mas o atendimento é excelente, os quartos são muito
limpos e confortáveis, tem garagem fechada (apenas é necessário reservar antes)
para o carro ou moto... tem fácil acesso à via principal da cidade, fica a duas
quadras do mar e possui vários restaurantes nas proximidades.
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