EXPEDIÇÃO CHILE – Diário de Bordo 12
(8
de janeiro de 2018 – Antofagasta – Calama – San Pedro de Atacama)
Começamos
agora a fase da viagem que foi a motivação e origem da Expedição Chile:
conhecer o Atacama. Acordamos em torno de 7:30, tomamos café e conversamos um
pouco com o pessoal do hotel. Aproximadamente 8:30 colocamos as malas no carro
para dar prosseguimento à nossa viagem.
Antes
de pegar a rodovia tínhamos de passar em uma loja para comprar o colete amarelo
com faixas reflexivas, item obrigatório no Chile (o que desconhecíamos). Fomos
ao Mall Plaza e nos dirigimos à Sodimac, uma loja imensa, que tem de quase tudo
em termos de materiais e utensílios para moradias e veículos.
Na
entrada perguntamos ao segurança onde encontrar o item e ele nos indicou a
seção 54 (que ficava em uma das extremidades da loja). Ao chegarmos no local
imediatamente encontramos os coletes; escolhemos um que vem em uma bolsinha com
fecho... os preços das marcas disponíveis eram muito semelhantes, na faixa de
R$ 10,00. Aproveitamos e também compramos um cambão (o que temos no carro é
emprestado; como no próximo ano pretendemos fazer a Patagônia, decidimos desde
logo garantir esse item que em alguns momentos é “exigido” na Argentina);
optamos por um cambão de cinta que ocupa menos espaço.
Realizadas
as compras, pegamos a estrada em direção ao norte para chegar à Rota 5. A
distância a ser percorrida é de um pouco mais de 300 km, rodando pelo deserto.
É um dos trechos mais monótonos do trecho chileno da viagem; apenas fica
interessante quando nos aproximamos de San Pedro, na etapa de descida. Explicando: saindo de Antofagasta, que está no nível no mar, subimos a
Cordilheira do Mar até chegarmos a 3.413 metros; a partir desse ponto é que se desce
para San Pedro, que fica a 2.438 metros em relação ao nível do mar. O trecho de
descida é muito bonito (lembramos que estamos fazendo o sentido inverso ao que
a maioria faz... começamos pelo Sul, por Santiago, e vamos concluir em San
Pedro... a grande maioria dos viajantes de carro e de moto faz o sentido
inverso). Nesse trecho, na saída de Antofagasta, pele segunda vez encontramos policiais com radar móvel.
No
trajeto entre Antofagasta e San Pedro de Atacama fica a cidade de Calama; ao
chegar a ela tínhamos rodamos aproximadamente 2/3 do trajeto do dia. Como
sabíamos dos problemas que podem ocorrer com combustível em San Pedro (como
estar em falta), entramos em Calama com o objetivo de abastecer, ir ao banheiro
e comer algo. Chegamos no primeiro posto que encontramos e enchemos o tanque...
nele não havia banheiros e nem lanchonete (itens que comumente estão
disponíveis nos postos da rede Copec); rodando pela cidade nos pareceu que os
restaurantes mais confiáveis estavam fechados... então decidimos tocar em
frente e almoçar em San Pedro... já estávamos muito próximos... o problema era
o “xixi”... e pela segunda vez usamos o banheiro público fornecido pela
estrada; encontramos um ponto que nos permitiu sair alguns metros da estrada,
paramos o carro de forma que não nos vissem (kkkk...), abrimos as duas portas
do lado direito e improvisamos um banheiro a céu aberto.
Mais
leves retomamos à estrada... a partir daí percebemos que estávamos subindo.
Como instalamos um aplicativo de altímetro no celular, pudemos ir acompanhando
a subida até chegarmos aos 3.423 metros acima do nível do mar. A partir desse
ponto iniciamos a descida; essa parte do trecho tem algumas paisagens
deslumbrantes; é bom fazê-la devagar, curtindo as imagens. Acredito que quem
faz o sentido inverso não consegue ter essa perspectiva porque está subindo e
as belas imagens ficam às suas costas.
Passando
um pouco das 14:00 horas chegamos em San Pedro de Atacama... e novamente a
programação do GPS, feita com base nas informações de coordenadas apontadas nos
dados do hotel no Booking não nos levaram ao local certo; rodamos algumas
quadras depois do ponto indicado e notamos que nos afastávamos do Centro,
quando o hotel, pelo mapa que tínhamos visto, estava muito próximo do Centro.
Pegamos o endereço (rua e numero do hotel) e digitamos no Garmin; chegamos na
rua correta, mas novamente não chegamos ao hotel. Como a cidade é muito pequena,
a solução mais fácil foi percorrer integralmente a rua toda procurando o número
ou a placa do hotel... e o encontramos no sentido oposto ao indicado pelo GPS,
a apenas duas quadras no Centro.
O
nosso hotel é o Pat’ta Houri. Não é dos mais baratos de San Pedro; mas também
não figura na extremidade dos mais caros (mas é o mais caro entre os que nos
hospedamos em toda a viagem). Possui estacionamento para o carro em local
fechado com portão (mas descoberto), piscina, uma pequena academia e espaços
comuns externo e interno. O quarto é bem amplo e possui TV a cabo e ventilador
(muitos hotéis chilenos possuem apenas ventilador, sem ar condicionado... e em
San Pedro essa é a regra). O atendimento na recepção foi muito bom; pagamos em
dólares americanos para ter a isenção do IVA (para isso tivemos, como ocorreu
nos demais hotéis, de apresentar os passaportes e os documentos de ingresso no
país que é entregue na Aduana). Uma informação que nos foi dada é que em San
Pedro é proibido beber na rua (andar pela rua bebendo); apenas nos locais que
vendem bebida ou no hotel/residência.
Depois
de deixarmos as nossas malas no quarto fomos ao centrinho da cidade para
agendar nossos passeios e almoçarmos. Primeiramente fomos à Space para reservar
o Tour Astronômico (é muito concorrido e se corre o risco de não conseguir
lugar). Em espanhol (o guia que faz os passeios em português estava doente) havia
para o próprio dia, às 22:00 horas, ou para o último dia de nossa estada em San
Pedro. Optamos por fazer logo e não o acumular com outros passeios diurnos.
Após
contratar esse passeio procuramos um lugar para lanchar. Fomos a um café que
fica na Caracoles. Pedimos sanduíches e uma soda sem açúcar. Os lanches eram
enormes, quase não deu para comer tudo. O local é bem agradável e tem café
expresso (uma dificuldade neste país onde em todos os lugares nos oferecem
Nescafé). Comemos e fomos verificar os demais passeios; estivemos nas 3
agências que nos foram sugeridas e contratamos um pacote de 4 dias com
TurisTour.
Na
sequência procuramos um chapéu para comprar para a Sandra; esse é um item
absolutamente necessário por aqui, ao lado do protetor solar. Trouxemos junto
dois chapéus meus, mas eles são muito grandes para ela e podem voar com o
vento. Encontramos um chapéu feminino de palha bem bonitinho e que tem
“barbicacho”, permitindo que quando houver muito vento ele seja preso no queixo
para não voar... foi a nossa escolha.
Voltamos
ao hotel, tomamos banho e descansamos por umas duas horas. Então nos vestimos
já com roupas mais quentes (a temperatura tem uma variação entre o dia e a
noite pode chegar a mais de 20º) e fomos jantar. Após o jantar retornamos ao
hotel, descansamos mais meia hora e fomos para o ponto de encontra aguardar o
transporte para o Tour Astronômico.
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Nossa
opção para os próximos Diários de Bordo é por fazê-los temáticos e não temporais.
Com isso só teremos diários agora na sexta a noite ou no sábado; apenas
impropriamente será possível denomina-los de diários; na realidade abrangerão
cada um deles o período de 5 dias em San Pedro. Serão 3: um sobre a cidade e o
hotel, um sobre os restaurantes/cafés/bares e outro sobre os passeios.
Acreditamos que organizados dessa forma eles serão mais úteis para quem desejar
acessar as informações para organizar a sua própria viagem.
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