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sábado, 6 de janeiro de 2018

EXPEDIÇÃO CHILE - DIÁRIO DE BORDO 9

EXPEDIÇÃO CHILE – Diário de Bordo 9
(5 de janeiro de 2018 – Santiago / La Serena / Copiapó)

Acordamos cedo... já tínhamos deixado as malas prontas na noite anterior... tomamos nosso café, preparamos sanduíches para levar junto (nosso almoço na estrada); a experiência até agora tinha sido de pouquíssimas opções de locais para comer nas estradas argentinas e chilenas. Também levamos água, caixinhas de suco e os tabletes de chocolates, sementes e amêndoas sobrantes que já vinham conosco desde o Brasil (compramos vários saquinhos pequenos, de 40 gramas, e trouxemos em uma caixinha térmica... essa caixinha nos acompanha sempre que vamos para estrada).

Na saída de Santiago, em torno das 8:00 horas, pegamos a via errada (em alguns locais da capital chilena há um emaranhado de ruas, elevados e túneis que são confusos para quem não conhece... e nem sempre, nessas situações, a imagem do GPS fica tão evidente em razão das sobreposições). Rodamos uns 10 minutos até conseguirmos retornar e pegar a pista correta. É necessário muito cuidado nesse aspecto; as autopistas chilenas possuem pouquíssimos retornos; se você errar o caminho pode ter de rodas quilômetros e quilômetros para conseguir realizar voltar e retomar a estrada ou sentido correto. A pista é excelente, sem nenhum buraco (sequer há remendos)... mas há pedágios, muitos pedágios; no trecho até La Serena são 5, e não são baratos (em reais, pagamos pedágios que variaram de R$ 12 a R$ 24); portanto é absolutamente necessário, para rodar no Chile, que você tenha com você Pesos Chilenos (os pedágios não aceitam moedas estrangeiras). Como dizem os próprios chilenos: no Chile tudo de paga.

Chegamos em La Serena próximo das 13:00 horas. A estrada, além da qualidade, também permite uma velocidade de 120 km/h; então o trecho de Santiago a La Serena, de 460 km, parece mais curto do que efetivamente é. Entramos na cidade e nos dirigimos para o hotel reservado... começamos as ser guiados em uma direção que nos afastava da rodovia e do mar, por uma região que nos parecia um tanto estranha; quando chegamos ao local ficamos um pouco receosos; estacionei o carro em frente, do outro lado da rua; apenas eu fui até a pousada; a Sandra ficou no carro.

Fui recebido, mostraram as acomodações e indaguei sobre onde colocar o carro (claramente não havia local junto ao hotel); ligaram para o proprietário que me explicou que seria em uma rua paralela na mesma posição do hotel e que teria um custo adicional. Solicitei à pessoa que me atendeu a senha do Wi-Fi, que me foi prontamente disponibilizada... então entrei no Booking e verifiquei que era possível cancelar a reserva, sem custos, até às 18:00 horas. Agradeci a atenção que me dispensaram e informei que iria conversar com minha companheira e almoçar. No carro conversamos, eu e Sandra, e decidimos não ficar... embora tenha sido muito bem atendido e o ambiente estivesse limpo e organizado, o quarto era pequeno, a vaga para o carro era longe, e o hotel ficava longe dos restaurantes. Decidimos também não ficar em La Serena; como era cedo, optamos por rodar até Copiapó (mais uns 320 km), que originalmente seria nossa parada do dia seguinte.

Abastecemos o carro na saída da cidade e pegamos novamente a Rota 5... que continuou excelente e com vários pedágios (foram mais 4). E com o mesmo problema: ausência de locais para tomar um café e comer (já tínhamos comido nossos sanduíches no trecho anterior, um pouco antes de chegar em La Serena). Em um determinado trecho da estrada avistamos um restaurante bem simples, mas com vários carros estacionados. Paramos para tomar um café e usar os banheiros; como tinha Wi-Fi, aproveitmos para buscar onde ficar em Copiapó. O hotel que tínhamos reservado para o dia seguinte não tinha disponibilidade para nos receber um dia antes... mas ainda permitia o cancelamento sem custos. Cancelamos e fizemos reserva em outro, o Atacama Suítes.

Chegamos em Copiapó próximo das 18:00 horas. O GPS, para variar, não nos levou à localização exata do hotel; desde o início temos utilizado as coordenadas indicadas pelos hotéis no Booking... e, regra geral, há diferenças de localização... o GPS nos coloca sempre bem próximos, mas não exatamente no local; neste caso específico, usamos a localização de POI do próprio mapa do GPS... nos levou à rua correta, mas a várias quadras antes do local; como tínhamos o número, seguimos em frente até encontrá-lo.

O Atacama Suítes é uma Apart Hotel de primeira qualidade. Apartamentos de 40 m2, com vista para a Cordilheira, quarto, sala, cozinha e sacada; além disso possui piscina, fitness e um excelente restaurante. A garagem para carros e motos é coberta, com porteiro 24 horas; e fica localizado a 3 ou 4 quadras da praça central da cidade; se quiser ir a outros restaurantes, é possível ir a pé, em distâncias de até 1 km. A cidade também possui um cassino, que podíamos visualizar da sacada do quarto... como estávamos cansados, optamos por jantar no próprio hotel e descansarmos... foram mais de 800 km rodados nesse dia.

Uma observação sobre Copiapó: ela é a cidade onde fica a mina que desabou em 2010, deixando presos 33 mineiros. A cidade é pequena e agradável; todos foram muito atenciosos conosco; fica cercada pelas Cordilheiras do Mar e dos Andes. É uma cidade que recomendamos (muito) como local de descanso entre Santiago e Antofagasta... é possível, inclusive, se você tiver menos tempo para viajar, ir de Copiapó direto para San Pedro de Atacama... é só sair cedo; serão um pouco mais de 800 km a serem rodados.











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