EXPEDIÇÃO CHILE – Diário
de Bordo 5
(1º de
janeiro de 2018 – Valparaíso e Viña del Mar)
Hoje foi dia
de conhecer Valparaíso e Viña del Mar. Saímos de Santiago em torno de 10 horas;
a previsão de tempo para chegar é de algo em torno de uma hora e meia; a
distância passa um pouco dos 100 km e a velocidade permitida é, em grande parte
do trecho, de 110 km/h... é uma excelente autopista. Pagamos 3 pedágios na ida
e 2 no retorno (a redução de um pedágio é porque fomos por Valparaíso e
retornamos por Viña del Mar. A pista estava tranquila e chegamos em um tempo
inferior ao previsto; demoramos pouco mais de uma hora. Primeiro demos um breve
giro em Valparaíso, iniciando no sentido oposto à Viña del Mar e depois em
direção à ela, sempre pela pista à beira-mar.
Em Viña del
Mar decidimos parar para almoçar: aí o primeiro problema, é praticamente impossível
encontrar lugar para estacionar o carro... depois de rodarmos uns 30 minutos
conseguimos; e aí, como acontece no Brasil, apareceu um “flanelinha” para
cuidar do carro e cobrar. Como queríamos carne, optamos por uma Parrilla,
denominada Armandita. A carne estava macia e saboroso, mas os acompanhamentos
que escolhemos deixaram a desejar. A salada veio exatamente com os ingredientes
que pedidos, mas veio temperada, com um tempero muito forte e estranho ao nosso
paladar; também pedimos batatas rústicas... mas batatas rústicas no Chile são
diferentes das brasileiras... kkkk... deveríamos ter perguntado. O atendimento
foi excelente, muito atenciosos o tempo todo... mas no conjunto o prato deixou
a desejar... e o pior: foi o mais caro que comemos até agora no Chile.
Saímos do
restaurante e fomos até a beira-mar para ver e fotografar o Oceano Pacífico; na
sequencia voltamos para Valparaíso para subir o Cerro Bellavista e conhecer as
suas famosas casas coloridas. Foi uma aventura: quanto mais subíamos, mais
interessantes as pinturas e grafites nas casas, mas linda a vista da cidade...
e mais estreitas as ruelas; na hora de descer eram ainda mais estreitas; há
trechos em que o Vitara passava justo entre os cordões da calçada, quase
arrastando as rodas nas pedras... e ladeiras muito íngremes com curvas de 180
graus. Uma aventura! Mas valeu muito... todas as ruelas estreitas são mão
única, algumas apenas sobem o morro e outras apenas descem.
Um problema
recorrente nas estradas e cidades é que a sinalização é deficiente. A ausência
de uma boa sinalização nos acompanha]ou desde que entramos no Chile, pelo menos
até este momento; praticamente não há placas indicando as velocidades e não há
placas indicando os sentidos das ruas. Essa situação é complicada para o
turista estrangeiro que se aventura a dirigir no país. Falando em dirigir no
país: os motoristas chilenos em geral correm muito, mas muito mesmo, e ficam
mudando de pista... mas o pior são os motoristas de ônibus: parecem pilotos de
fórmula 1... andam em velocidade superior à dos carros, de forma frenética
(estou falando especificamente de Valparaíso e Viña del Mar... os de Santiago
também andam rápido, mas não tanto... e em Santiago os ônibus possuem pistas
exclusivas).
Também
tentamos chegar à praia propriamente dita em Viña del Mar (onde fica o Relógio
do Sol), mas é impossível encontrar um lugar para estacionar... havia filas de
carros esperando nos poucos estacionamentos existentes; então apenas
percorremos toda a sua extensão, indo até o final e depois retornando. Fomos
também no Relógio de Flores, mas é outro local onde não há como estacionar...
paramos rapidamente apenas para tirar fotos pela janela do carro. É claro que é
dia 1º de janeiro, feriado... provavelmente se optássemos por fazer a visita
durante a semana conseguiríamos ter acesso a esses locais e estacionar; mas
viemos no feriado porque Santiago está deserta e com tudo fechado: shoppings,
restaurantes, mercados... ou seja, ficar em Santiago seria para andar pela
cidade deserta ou descansar no Apart... seria um dia perdido na viagem.
Às 16:30
retomamos o caminho de volta e aí encontramos algo que era de esperar, mas do
qual não tínhamos lembrado: fila! Foram mais de 3 horas de estrada; e só não
foram mais porque me muitos trechos eles inverteram a mão de uma das pistas do
lado contrário, ampliando para 3 as pistas disponíveis... vimos alguns pneus
furados e pequenas batidas... mas chegamos ilesos em Santiago.
Uma
observação que precisa ser feita é que a temperatura em Valparaíso e Viña del
Mar é entre 10 e 15 graus mais baixa do que em Santiago; e há um vento frio
vindo do Pacífico. Não nos informamos antes sobre essa questão; percebemos à
medida que nos aproximávamos e víamos o termômetro baixando... dos 25 a 30
graus de Santiago (temperatura diurna; a noite reduz em torno de 10 graus) chegou
à 13, chegando durante o período em que estivemos na região ao máximo de 15
graus... por sorte tínhamos deixado nossas jaquetas e blusas, utilizadas quando
da travessia na fronteira, no carro (quando também tivemos essa mesma
temperatura).
Chegando em
Santiago fomos à caça de um lugar para jantar. Andamos a pé pelas redondezas do
hotel e todos os bares e restaurantes estavam fechados... fomos até o Baco
(onde jantamos no dia 31/12); estava aberto, mas com fila de espera... olhamos
o cardápio e não era exatamente o que estávamos buscando. Decidimos retornar ao
Apart e comer sanduíches e frutas (a vantagem de estar em um Apart é ter uma
pequena cozinha e poder comprar algumas coisas para beliscar em situações como
essa). No caminho de volta vimos em uma travessa o restaurante de um hotel
aberto... fomos até ele: havia lanches e pizzas... decidimos então ficar ali e
comer uma pizza. Pedimos uma de carne, bacon, azeitonas e cebola... estava bem
deliciosa (talvez pela fome e horário) e por um preço baixo (para os padrões do
Chile!). E assim passamos nosso 1º de janeiro de 2018 no Chile.
As dicas que
ficam: em Santiago não conte com muitas opções no dia primeiro dia do ano... e além
de tudo fechado, a cidade estará vazia. Se for para o litoral, vá sem pressa
para voltar e com muita paciência para rodar por lá... e não esqueça de levar
um agasalho.
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