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terça-feira, 2 de janeiro de 2018

EXPEDIÇÃO CHILE - DIÁRIO DE BORDO 5

EXPEDIÇÃO CHILE – Diário de Bordo 5
(1º de janeiro de 2018 – Valparaíso e Viña del Mar)

Hoje foi dia de conhecer Valparaíso e Viña del Mar. Saímos de Santiago em torno de 10 horas; a previsão de tempo para chegar é de algo em torno de uma hora e meia; a distância passa um pouco dos 100 km e a velocidade permitida é, em grande parte do trecho, de 110 km/h... é uma excelente autopista. Pagamos 3 pedágios na ida e 2 no retorno (a redução de um pedágio é porque fomos por Valparaíso e retornamos por Viña del Mar. A pista estava tranquila e chegamos em um tempo inferior ao previsto; demoramos pouco mais de uma hora. Primeiro demos um breve giro em Valparaíso, iniciando no sentido oposto à Viña del Mar e depois em direção à ela, sempre pela pista à beira-mar.

Em Viña del Mar decidimos parar para almoçar: aí o primeiro problema, é praticamente impossível encontrar lugar para estacionar o carro... depois de rodarmos uns 30 minutos conseguimos; e aí, como acontece no Brasil, apareceu um “flanelinha” para cuidar do carro e cobrar. Como queríamos carne, optamos por uma Parrilla, denominada Armandita. A carne estava macia e saboroso, mas os acompanhamentos que escolhemos deixaram a desejar. A salada veio exatamente com os ingredientes que pedidos, mas veio temperada, com um tempero muito forte e estranho ao nosso paladar; também pedimos batatas rústicas... mas batatas rústicas no Chile são diferentes das brasileiras... kkkk... deveríamos ter perguntado. O atendimento foi excelente, muito atenciosos o tempo todo... mas no conjunto o prato deixou a desejar... e o pior: foi o mais caro que comemos até agora no Chile.

Saímos do restaurante e fomos até a beira-mar para ver e fotografar o Oceano Pacífico; na sequencia voltamos para Valparaíso para subir o Cerro Bellavista e conhecer as suas famosas casas coloridas. Foi uma aventura: quanto mais subíamos, mais interessantes as pinturas e grafites nas casas, mas linda a vista da cidade... e mais estreitas as ruelas; na hora de descer eram ainda mais estreitas; há trechos em que o Vitara passava justo entre os cordões da calçada, quase arrastando as rodas nas pedras... e ladeiras muito íngremes com curvas de 180 graus. Uma aventura! Mas valeu muito... todas as ruelas estreitas são mão única, algumas apenas sobem o morro e outras apenas descem.

Um problema recorrente nas estradas e cidades é que a sinalização é deficiente. A ausência de uma boa sinalização nos acompanha]ou desde que entramos no Chile, pelo menos até este momento; praticamente não há placas indicando as velocidades e não há placas indicando os sentidos das ruas. Essa situação é complicada para o turista estrangeiro que se aventura a dirigir no país. Falando em dirigir no país: os motoristas chilenos em geral correm muito, mas muito mesmo, e ficam mudando de pista... mas o pior são os motoristas de ônibus: parecem pilotos de fórmula 1... andam em velocidade superior à dos carros, de forma frenética (estou falando especificamente de Valparaíso e Viña del Mar... os de Santiago também andam rápido, mas não tanto... e em Santiago os ônibus possuem pistas exclusivas).

Também tentamos chegar à praia propriamente dita em Viña del Mar (onde fica o Relógio do Sol), mas é impossível encontrar um lugar para estacionar... havia filas de carros esperando nos poucos estacionamentos existentes; então apenas percorremos toda a sua extensão, indo até o final e depois retornando. Fomos também no Relógio de Flores, mas é outro local onde não há como estacionar... paramos rapidamente apenas para tirar fotos pela janela do carro. É claro que é dia 1º de janeiro, feriado... provavelmente se optássemos por fazer a visita durante a semana conseguiríamos ter acesso a esses locais e estacionar; mas viemos no feriado porque Santiago está deserta e com tudo fechado: shoppings, restaurantes, mercados... ou seja, ficar em Santiago seria para andar pela cidade deserta ou descansar no Apart... seria um dia perdido na viagem.

Às 16:30 retomamos o caminho de volta e aí encontramos algo que era de esperar, mas do qual não tínhamos lembrado: fila! Foram mais de 3 horas de estrada; e só não foram mais porque me muitos trechos eles inverteram a mão de uma das pistas do lado contrário, ampliando para 3 as pistas disponíveis... vimos alguns pneus furados e pequenas batidas... mas chegamos ilesos em Santiago.

Uma observação que precisa ser feita é que a temperatura em Valparaíso e Viña del Mar é entre 10 e 15 graus mais baixa do que em Santiago; e há um vento frio vindo do Pacífico. Não nos informamos antes sobre essa questão; percebemos à medida que nos aproximávamos e víamos o termômetro baixando... dos 25 a 30 graus de Santiago (temperatura diurna; a noite reduz em torno de 10 graus) chegou à 13, chegando durante o período em que estivemos na região ao máximo de 15 graus... por sorte tínhamos deixado nossas jaquetas e blusas, utilizadas quando da travessia na fronteira, no carro (quando também tivemos essa mesma temperatura).

Chegando em Santiago fomos à caça de um lugar para jantar. Andamos a pé pelas redondezas do hotel e todos os bares e restaurantes estavam fechados... fomos até o Baco (onde jantamos no dia 31/12); estava aberto, mas com fila de espera... olhamos o cardápio e não era exatamente o que estávamos buscando. Decidimos retornar ao Apart e comer sanduíches e frutas (a vantagem de estar em um Apart é ter uma pequena cozinha e poder comprar algumas coisas para beliscar em situações como essa). No caminho de volta vimos em uma travessa o restaurante de um hotel aberto... fomos até ele: havia lanches e pizzas... decidimos então ficar ali e comer uma pizza. Pedimos uma de carne, bacon, azeitonas e cebola... estava bem deliciosa (talvez pela fome e horário) e por um preço baixo (para os padrões do Chile!). E assim passamos nosso 1º de janeiro de 2018 no Chile.

As dicas que ficam: em Santiago não conte com muitas opções no dia primeiro dia do ano... e além de tudo fechado, a cidade estará vazia. Se for para o litoral, vá sem pressa para voltar e com muita paciência para rodar por lá... e não esqueça de levar um agasalho.










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